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CABEÇALHO

Entenda o impacto das suas decisões

nos seus resultados financeiros

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INTRODUÇÃO

O Sinbevidros, comprometido com o setor vidreiro, acaba de lançar um programa de boas práticas em Gestão Financeira. Com um mercado cada vez mais competitivo, é necessário que o empresário tenha total convicção ao precificar e negociar o seu produto, sem que comprometa a lucratividade e prejudique o setor como um todo. Traremos reflexões sobre o mercado com embasamento teórico e convidamos a todos que participem ativamente das práticas recomendadas e que compreendam o impacto de suas decisões para que, assim,  o setor consiga se desenvolver de forma consistente e unida.

COLUNISTAS

COLUNISTAS

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VICTOR VILLAS CASACA

Graduado em Administração de Empresas (ITE), Pós graduado em Gestão de Empresas (FIA), MBA Executivo com ênfase em Finanças (INSPER),

Formação em Curso de Estratégia de Empresas (La Verne – EUA). 

Atua no conselho de empresas . 

Presidente do Sindicato das Indústrias de Vidro de SP (Sinbevidros) 
Vice presidente da Associação Brasileira de Vidros (Abravidro).
Membro  da  Diretoria do CIESP,

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FLÁVIO MÁLAGA

PhD e mestre em finanças, com MBA pela Boston University em microeconomics, é sócio-fundador da assessoria Malaga|AAS, especializada em finanças corporativas, contabilidade, projetos de fusões e aquisições e governança financeira. Atua também como professor de Finanças Corporativas e de Contabilidade do MBA Finanças do Insper. É também escritor, tendo publicado os livros Retorno de ações e Análise de demonstrativos financeiros e da performance empresarial

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TEXTO 1

UM GRITO PELA LUCIDEZ

 Texto: Victor Villas Casaca e Flavio Málaga

Acredito que o motivo de todo acionista ou empreendedor ao investir em uma empresa ainda seja a maximização do retorno do seu capital, isto é, a maior rentabilidade possível do capital investido. Com essa premissa posta: O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O MERCADO VIDREIRO? Estamos observando tempos em que o “vender a qualquer preço” parece ser mais importante do que ser lucrativo. Realizar negócios por volume, pela sobrevivência ou ego, está se mostrando rotineiro no mercado vidreiro.

 

E aqui temos que ser maduros para compreender, ou relembrar, que as empresas, com exceção do terceiro setor, entendem o lucro como algo necessário e bom. Na verdade, acredito que seja a única maneira da perpetuidade saudável das empresas, retorno ao acionista e prosperidade das pessoas envolvidas e de todo setor. Com todo cuidado de não me deixar cair no jargão da comparação, para que arriscar investir em uma empresa que não traz resultado se sempre há a opção de deixar o dinheiro no mercado financeiro, sem incorrer em riscos fiscais, trabalhistas, ambientais, operacionais e vender coco na praia?

 

Sem tentar ser muito técnico, quero convidá-los a refletir os assuntos que rondam o dia a dia das empresas do setor (ou deveriam). A lei da oferta e demanda é inquestionável e uma daquelas verdades que transcendem o ambiente empresarial. Porém, parece-me que os gestores das empresas estão tentando criar demanda através da política de preços, acreditando que esta variável poderia resolver todos os problemas, sem entender que tal prática coloca mais combustível, dos mais inflamáveis, na equação que afeta sua própria sobrevivência: redução de margem de contribuição (MC), do lucro (EBITDA) e consequentemente da rentabilidade da empresa (ROIC). Tal ação impacta todo o setor, fazendo com que o produto cada vez mais se desvalorize, de maneira muito mais ágil e vil do que ocorreria em uma situação de regulação natural do mercado, criando uma espiral negativa e contínua. Sem sequer fazer cócegas na demanda, se esquecem que podem buscar outros diferenciais em seus produtos e atendimento para se destacar e que essa espiral negativa de desvalorização do produto irá punir a todos.

 

Esses gestores devem entender a responsabilidade que a política de precificação dos produtos exige. O quanto suas decisões em um simples cliente, cidade, rota ou região impacta além dos resultados da sua empresa todo o mercado e acelera essa espiral. Estamos em uma época de personalização do indivíduo e do atendimento, de análises de dados de forma meticulosa e a busca da otimização da operações. Mas, o que os dias atuais mostram é que, muitas vezes, as políticas comerciais são feitas em massa, sem o mínimo de critérios, cuidado e compliance. Sem o profissionalismo que aquele capital investido exigiria, mais se assemelhando a spams de aplicativos de mensagens e a ausência de critérios racionais do que ao patamar de profissionalismo e sucesso que imaginamos ter a certeza de que todos os gestores almejam. Assim, destruindo valor, rasgando o que estavam buscando ao tentar realizar a venda, jogando a perpetuidade saudável da companhia e o retorno do acionista no lixo sem remorso ou pudor.

 

Olhando a esfera da oferta, circulam informações de uma ociosidade acima de 60% no mercado de processamento de vidros e mesmo assim não cansamos de ver, rotineiramente, novos equipamentos para aumento da produção sendo adquiridos. Contrariando qualquer lógica e coerência mercadológica, uma busca ao aumento da oferta em um mercado com baixa demanda e extremamente ocioso. Ao fazer esse investimento a empresa e os acionistas estão almejando um MAIOR resultado (EBITDA) e,  consequentemente, um aumento da rentabilidade (ROIC) para remunerar esse capital acrescido. E como realizar essa façanha em um mercado como o descrito? Todos torcemos que não seja colocando ainda mais combustível na espiral negativa que punirá não só a empresa que investiu, mas todo o segmento.

 

É necessário entender a responsabilidade e a consequência de toda pequena tomada decisão da empresa e como isso afeta o universo que está inserido (mercado). Como uma simples decisão de um gestor se propaga e pode ser exemplo (que não deveria) para outros gestores e num curtíssimo prazo se torna realidade de todo setor. Há um compromisso com o capital investido que deveria ser lembrado a todo instante ao analisar qualquer negócio ou operação. Pois esse compromisso que irá zelar os equipamentos, honrar fornecedores e credores e um dos aspectos mais importantes: desenvolver e remunerar pessoas que participam da empresa. Esse compromisso ou a falta dele será quem irá moldar o cenário que a empresa está inserida, lembrando que ninguém está sozinho no mercado, ele se ajusta continuamente conforme essas ações são postas.

Lembremos o motivo de investir em qualquer ativo, seja ele qual for: maximizar o retorno, a rentabilidade! E se a opção for o coco, que não estraguemos esse mercado, também.

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PODCAST COM FLAVIO MÁLAGA E VICTOR CASACA: COMO SER RENTÁVEL EM UM MERCADO CONCORRIDO?

Iara Bentes, superintendente da Abravidro, entrevista Victor Villas Casaca e Flavio Málaga para o Vidrocast, podcast realizado pela Abravidro.

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