MACRO VISÃO SEMANAL - EDIÇÃO 150 - 28/10/2024 A 01/11/2024
Prezado leitor,
Você está recebendo o Macro Visão Semanal. Veja os destaques:
Dados da economia brasileira e internacional na semana de 28/10 a 01/11
Síntese da semana
Agenda econômica para a semana: de 04/11 a 08/11
Dados da Economia Brasileira na semana: 28/10 a 01/11
• Expectativas do mercado (Relatório Focus/Banco Central): a mediana das expectativas do mercado, divulgada pelo relatório Focus do Banco Central referente a 25 de outubro, indica que o IPCA de 2024 deverá encerrar em 4,55%. Em relação ao PIB, a expectativa de crescimento aumentou para 3,08%. No que se refere à taxa de câmbio, a expectativa do mercado é de R$/US$ 5,45 ao final do ano. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa Selic foi mantida em 11,75% a.a.
• Índice de Confiança da Construção (Ibre/FGV): o Índice de Confiança da Construção teve leve aumento de 0,1 ponto em outubro na comparação com o mês anterior, encerrando em 97,2 pontos, na série sem influência sazonal. Em setembro, o indicador havia registrado 97,1 pontos. O Índice de Situação Atual encerrou o mês de outubro aos 96,8 pontos, redução de 0,5 ponto em relação ao mês anterior (97,3 pontos em setembro). O Índice de Expectativas, por sua vez, subiu 0,7 ponto, encerrando o mês em 97,8 pontos. Em setembro, o componente havia marcado 97,1 pontos.
• Índice de Confiança da Indústria (Ibre/FGV): o Índice de Confiança da Indústria encerrou o mês de outubro em 99,9 pontos, redução de 0,6 ponto em relação a setembro (100,5 pontos), considerando dados sem influência sazonal. O componente de Situação Atual encerrou em 102,9 pontos, leve redução de 0,1 ponto em relação ao mês anterior, quando marcou 103,0 pontos. O Índice de Expectativas, por sua vez, sofreu diminuição de 1,3 ponto em outubro ao encerrar o mês em 96,8 pontos, ante o resultado de 98,1 pontos em setembro. Já o NUCI (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) teve queda de 0,8 p.p., registrando 82,6% no mês na série sem efeitos sazonais.
• Sondagem da Indústria da Construção (CNI): a Sondagem da Indústria da Construção registrou 49,4 pontos em setembro de 2024, o que representa aumento de 3,2 pontos em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando encerrou em 46,2 pontos. Mesmo com esse resultado, a indústria da construção sinaliza retração do nível de atividade. Resultados acima dos 50,0 pontos indicam aumento do nível de atividade do setor e abaixo, retração.
• Levantamento de Conjuntura (FIESP/CIESP): aos 79,8%, o NUCI da indústria de São Paulo avançou 1,3 p.p. na comparação com o mês de agosto. As horas trabalhadas na produção avançaram 0,7% na leitura atual. Os salários reais médios também indicaram alta, com variação de 0,6%. Contudo, as vendas reais retraíram 1,3% em setembro frente a agosto. Nas horas trabalhadas na produção e nas vendas reais, houve altas de 2,2% e 2,1%, respectivamente, no 3º trimestre do ano na comparação com o 2º trimestre. Os salários reais médios oscilaram próximo à estabilidade (+0,1%). Por sua vez, o NUCI retraiu 0,4 p.p. frente ao trimestre anterior. Todos os dados contam com ajuste sazonal. Confira a nota completa aqui.
• Índice Geral de Preços - Mercado (Ibre/FGV): o IGP-M aumentou 1,52% em outubro, levemente acima da expectativa do mercado (+1,51%). No mês anterior, o índice havia registrado avanço de 0,62%. Quando analisados os componentes do IGP-M, o IPA-M registrou alta de 1,94% em outubro. O IPC-M, por sua vez, avançou 0,42% no período. Por fim, o INCC-M subiu 0,67% na leitura atual. No acumulado em 12 meses, o IGP-M apresenta aumento de 5,59%. O componente com a maior alta nessa métrica é o IPA-M, com avanço de 5,90%, seguido pelo INCC-M, com alta de 5,72%, e pelo IPC-M, com aumento de 4,42%.
• Índice de Confiança de Serviços (Ibre/FGV): o Índice de Confiança de Serviços registrou queda de 0,8 ponto na passagem mensal para setembro, encerrando o mês em 93,8 pontos, na série sem influência sazonal. Em agosto, o indicador havia registrado 94,6 pontos. A redução no Índice de Confiança em setembro foi puxada, sobretudo, pelo componente de Situação Atual, que recuou 1,3 ponto, fechando o mês em 95,4 pontos, ante o resultado de 96,7 pontos registrado em agosto. O componente de Expectativas, por sua vez, teve queda de 0,4 ponto na passagem mensal, encerrando aos 92,2 pontos. Em agosto, o componente havia marcado 92,6 pontos.
• Índice de Confiança de Serviços (Ibre/FGV): o Índice de Confiança de Serviços registrou alta de 1,4 ponto na passagem mensal para outubro, encerrando o mês em 95,2 pontos, na série sem influência sazonal. Em setembro, o indicador havia registrado 93,8 pontos. O aumento no Índice de Confiança em outubro foi puxado, sobretudo, pelo componente de Expectativas, que avançou 2,1 pontos, fechando o mês em 94,3 pontos, ante o resultado de 92,2 pontos registrado em setembro. O componente de Situação Atual, por sua vez, teve alta de 0,8 ponto na passagem mensal, encerrando aos 96,2 pontos. Em setembro, o componente havia marcado 95,4 pontos.
• Índice de Confiança do Comércio (Ibre/FGV): o Índice de Confiança do Comércio registrou 89,0 pontos em outubro, queda de 1,2 ponto em relação ao mês anterior (90,2 pontos em setembro), dados com ajuste sazonal. A redução no Índice de Confiança em outubro foi influenciada, sobretudo, pelo componente de Situação Atual, que recuou 2,2 pontos, fechando o mês em 90,8 pontos, ante o resultado de 93,0 pontos registrado em setembro. O componente de Expectativas, por sua vez, teve leve queda de 0,1 ponto na passagem mensal, encerrando aos 87,9 pontos. Em setembro, o componente havia marcado 88,0 pontos.
• Balança Comercial Semanal (Secex): o saldo médio diário da balança comercial foi de US$ 437,2 milhões em outubro de 2023 para US$ 202,5 milhões em média diária até a quarta semana de outubro de 2024. O saldo acumulado até a quarta semana de outubro de 2024 é de US$ 3,8 bilhões. No ano, a balança comercial registra superávit de US$ 63,0 bilhões (de janeiro a outubro de 2024).
• Taxa de desemprego (PNAD Contínua/IBGE): a taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,4% no trimestre móvel finalizado em setembro, levemente abaixo da expectativa do mercado (6,5%). Esse resultado corresponde a um contingente de aproximadamente 7,0 milhões de desempregados. A pesquisa registrou aumento de 1,7% na quantidade de pessoas na força de trabalho na comparação entre o trimestre encerrado em setembro de 2024 e o mesmo período de 2023. Entre as pessoas ocupadas, houve alta de 3,2% na mesma base de comparação. Já a massa de rendimento, segundo a pesquisa, cresceu 7,2% no trimestre encerrado em setembro de 2024 na comparação com o mesmo período do ano anterior.
• Nível de emprego no Brasil (CAGED): o Brasil registrou saldo positivo de 247.818 vagas de emprego formal no mês de setembro. A Indústria Geral apresentou resultado positivo de 59.827 vagas de emprego no mês. A Indústria de Transformação, por sua vez, registrou criação de 55.860 vagas entre contratações e demissões, com destaque positivo para os seguintes setores: Alimentos (+22.488), Borracha e Plástico (+3.578) e Veículos (+3.389).
• Nível de emprego em São Paulo (CAGED): o estado de São Paulo apresentou saldo líquido positivo de 57.067 vagas no mês de setembro. Nesse mês, a Indústria Geral paulista registrou resultado positivo de 15.043 vagas de trabalho formal e a Indústria de Transformação paulista foi responsável pela criação de 14.749 vagas entre contratações e demissões, com destaque positivo para os seguintes setores: Borracha e Plástico (+1.770), Alimentos (+1.512) e Veículos (+1.242).
• Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE): a produção industrial teve alta de 1,1% no mês de setembro na comparação com agosto, nos dados com ajuste sazonal. O resultado veio próximo da projeção da FIESP (+1,0%). A indústria de transformação avançou 1,7% e a indústria extrativa recuou 1,3% no mesmo período. Na comparação entre setembro de 2024 e o mesmo mês de 2023, a produção industrial apresenta alta de 3,4%. No acumulado em 12 meses até setembro, houve aumento de 2,6%. Na comparação entre o terceiro trimestre e o segundo trimestre de 2024, a indústria apresenta alta de 1,6%.
Síntese da semana:
A divulgação de dados referentes ao mercado de trabalho, do IGP-M e da produção industrial foram os destaques da agenda econômica nesta semana.O CAGED registrou criação líquida de cerca de 248 mil vagas formais de trabalho em setembro, superando a expectativa do mercado de abertura de 225 mil vagas. Além disso, segundo dados da PNAD, a taxa de desemprego encerrou setembro em 6,4%. Esses resultados mostram que o mercado de trabalho segue aquecido.O IGP-M, por sua vez, aumentou 1,52% em outubro, impulsionado pela alta nos preços ao produtor, com destaque para grãos, bovinos, minério de ferro e alimentos industrializados. No acumulado em doze meses, o índice apresenta alta de 5,59%.Por fim, a produção industrial cresceu 1,1% entre agosto e setembro, sem efeitos sazonais. O resultado veio próximo da projeção da FIESP (+1,0%) e foi influenciado pela alta de 1,7% da indústria de transformação e pela queda de 1,3% da indústria extrativa. Em bases trimestrais, o indicador registrou aumento de 1,6% no terceiro trimestre na comparação com o segundo trimestre. Apesar do resultado positivo, o novo ciclo de aumento da taxa Selic tende a pesar contra o processo de recuperação em curso para o setor.
Agenda Econômica para a próxima semana: 04/11 a 08/11
04/11/2024 (Segunda-feira):
• Banco Central divulga o Relatório Focus.
• Fenabrave divulga as Vendas de Veículos.
• S&P Global divulga o PMI Indústria da Alemanha e da Zona do Euro.
06/11/2024 (Quarta-feira):
• FGV divulga o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI).
• Secex divulga a Balança Comercial Semanal.
• Copom anuncia a decisão da Taxa de Juros (Selic).
• S&P Global divulga o PMI Composto e o PMI Serviços do Brasil, da Alemanha, da Zona do Euro e dos Estados Unidos.
07/11/2024 (Quinta-feira):
• IBGE divulga a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional.
• Anfavea divulga a Produção Total de Veículos.
• Bundesbank divulga a Produção Industrial da Alemanha.
• Federal Reserve anuncia a Taxa de Juros dos Estados Unidos.
08/11/2024 (Sexta-feira):
• IBGE divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Fonte: FIESP
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